segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Quinua: um alimento altamente nutritivo



A Quinua tem se tornado cada vez mais presente no cardápio dos brasileiros. Esse pseudocereal, como é definido pela botânica, é um alimento isento de glúten e um parente distante do espinafre, pois essas plantas são bastante semelhantes.  Ela é um vegetal originado dos Andes e que começou a ser pesquisado no Brasil nos anos 90.
É considerado um alimento extremamente nutritivo e seu conteúdo de nutrientes é superior ao de outros cereais. A quinua possui aminoácidos essenciais, carboidratos na forma de amido, fibras e alguns minerais dos quais se destacam o ferro, magnésio, zinco, potássio, vitaminas do complexo B (B1, B2 e B3), D e E.
Estudos têm mostrado que a quinua pode ser indicada no tratamento de algumas patologias como a anemia (por apresentar uma quantidade de ferro alta (5,2 mg/100g), quando comparada a outros cereais), problemas urinários e de fígado, desnutrição crônica (por apresentar alto valor biológico) e osteoporose (apresentado 107mg de cálcio a cada 100g). Atua na redução de danos gastrintestinais, na parte imunológica e auxilia na regulação dos níveis de colesterol.
Ela também apresenta uma quantidade de ácidos graxos essenciais em um nível superior aos demais cereais, em que aproximadamente 60% são de ômega 6 (linoleico) e ômega 3 (linolênico), que são gorduras importantes para o funcionamento do nosso organismo, assim como no auxílio da redução do colesterol total,  LDL e triglicérides.
O consumo desse grão é indicado especialmente para vegetarianos, diabéticos, grávidas, lactantes, idosos e praticantes de atividades físicas. A quinua contém uma quantidade elevada de lisina, quando comparada a outros grãos como a soja, o milho, o trigo e o leite, e, por isso, pode ser indicada para crianças e adolescentes em fase de crescimento. Ela também está relacionada ao sistema cognitivo, onde ajuda na inteligência, melhora dos reflexos e funções relacionadas com a memória e aprendizagem, pois possui uma boa fonte de triptofano, aminoácido que está ligado à produção de serotonina, que por sua vez é responsável pela modulação do humor, disposição e bem-estar.
Vegetarianos restritos (que não consomem carne, leite e derivados, onde são encontradas as maiores fontes proteicas), atletas (que necessitam de um maior consumo de aminoácidos), celíacos (que são intolerantes ao glúten – derivado do trigo) e populações carentes de países subdesenvolvidos, formam o grupo mais bem auxiliado pelas propriedades da Quinua.
Existem diversos tipos de grão de quinua, onde a branca, vermelha e preta são as mais consumidas no Brasil, mas pesquisas indicam que a quinua real branca é um dos tipos que apresenta uma composição mais completa quando comparadas as demais.
Esses grãos podem ser utilizados nas mais diversas preparações, como nas saladas, bolinhos com legumes ou serem cozidos da mesma forma que o arroz, podendo substituí-lo. Os flocos podem ser consumidos, principalmente, nas preparações do café da manhã, acompanhando frutas, sucos, salada de frutas e vitaminas. No caso das farinhas, elas podem fazer parte das receitas de massas, pães, bolos e tortas.
O ideal é não utilizar esse alimento isoladamente, mas sim acompanhado de hábitos saudáveis de vida, junto com uma dieta equilibrada e a prática de atividades físicas regulares, sob orientação de um profissional.
** Por  Dr. Naum Charles